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Artista, professora e pesquisadora da dança. Doutoranda em Artes Cênicas pelo PPGAC (Ufba, 2011), Mestre e especialista pelo PPGDança (Ufba, 2010, 2005). Professora de dança de Escola de Dança da Fundação cultral do Estado da Bahia (2004/2011).

terça-feira, 1 de setembro de 2009

RADAR 1 no Palco Alternativo em 28/08/09




Esse é o Radar 1, um grupo de pesquisa em composição e improvização em cena.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

domingo, 16 de agosto de 2009

GRUPO DE EXPERIMENTO RADAR 1



foto: Marcley Oliveira


Líria Morays


Radar 1 é um grupo de experimento de improvisação em dança vinculado a atividades de pesquisa da dissertação de mestrado, denominada “Emergências Cênicas: conectividade entre dançarinos no momento cênico improvisado”, realizada no Programa de Pós-graduação em Dança da UFBA. Esse grupo consiste num procedimento metodológico para levantar dados sobre experiências de cena improvisada. Assim, princípios teórico práticos são estudados a partir de atividades experimentais, desenvolvendo atividades relacionadas à conectividade, que podem ser problematizados e analisados durante o experimento, e, simultaneamente na feitura dissertativa.
O sentido de conectividade, aqui empregado, tem como referência a Teoria Geral dos Sistemas. Através dessa teoria, qualquer objeto pode ser estudado a partir de uma visão sistêmica: um conjunto de dançarinos em cena, por exemplo, pode ser considerado um sistema, assim como, o corpo que dança pode ser observado como um sistema. Em sua definição, conectividade é um Parâmetro Sistêmico Evolutivo que exprime a capacidade que os elementos de um determinado sistema têm em estabelecer conexões (VIEIRA, 2008). Bunge apud Vieira(2008),“(...)define conexões (...) como relações físicas, eficientes de tal forma que um elemento (agente) possa efetivamente agir sobre outro (paciente), com a possibilidade de mudança de história dos envolvidos.” (VIEIRA, 2008 p.37). Parece que há uma emergência de conectividade na cena de dança improvisada quando idéias dos corpos que dançam são compartilhadas. Assim, o corpo dança num trânsito entre ser agente e paciente, interagindo com outros corpos, estabelecendo uma ação criativa em conjunto. É possível que, nesse caso, a conectividade ocorra enquanto elemento intrínseco para sobrevivência da cena criativa.
Composto por artistas interessados em estudos criativos na improvisação de dança, esse grupo se configura como uma espécie de grupo de estudos onde cada dançarino percebe e desenvolve ações de interesses comuns do universo da improvisação. No decorrer dos encontros, as pessoas começam a reconhecer, a cada dia, características e impressões recorrentes nos experimentos criativos de uma forma continuada formulando idéias vivenciadas na conectividade. Atualmente, é composto por seis dançarinos – Bárbara Santos, Duto Santana, Fernanda Raquel, Janaína Santos, Mª Fernanda Azevedo, Rita Aquino e a mediadora Líria Morays.


ADANÇADECORPOSCONECTADOS


Rita Aquino e Bárbara Santos





O argumento central da pesquisa, à qual esse grupo está vinculado, baseia-se em estudos voltados para uma espécie de comunicação existente entre dançarinos, quando estes se propõem a dançar em conjunto. Na perspectiva de um dançarino improvisador, quando ocorre conectividade, parece que cada proposição compositiva (movimento, ritmo, estado corporal, organização de espaço coreográfico, etc.), é configurada em grupo. Portanto, há o interesse em reunir assuntos que possam ajudar a entender a conectividade na improvisação em cena, dentre eles: percepção, organização e coerência, rede, corpomídia. Nesse grupo, estão sendo testadas atividades conectivas no que tange a atenção e relações estratégicas do corpo no espaço-tempo da cena. Dessa maneira, o processo de compartilhamento de proposições, hipóteses e estudos nesse grupo tem sido importante para entender quais princípios norteiam a conectividade entre dançarinos de uma cena improvisada - pergunta-chave desse estudo de mestrado.







Bárbara Santos e Fernanda Raquel








UMAFORMAESPECÍFICADERELAÇÃO




Mª Fernanda Azevedo, Duto Santana, Fernanda Raquel, Bárbara Santos e Rita Aquino



Esse encontro apresenta um formato de aula/experimento onde pequenas atividades práticas para improvisação são propostas, seguidas de discussões, leituras e pequenas apresentações em espaços abertos. Todos os encontros são filmados e catalogados em fichas diárias com avaliação semanal. Nesses encontros, todas as experiências criativas partem de uma proposta onde a conectividade é o estímulo, o assunto e a ação. Algumas analogias estão sendo feitas a partir de organizações sistêmicas para as diversas possibilidades relacionais entre dançarinos no espaço-tempo da cena de dança. Propõe-se então que vários tipos de ações de conectividades podem emergir na configuração improvisada, como também, podem ser propostas como procedimentos de processos criativos.


LOCAL

O laboratório do Radar 1 é desenvolvido na Escola de Dança – instituição vinculada à Fundação Cultural do Estado da Bahia. Essa escola dispõe de um ambiente propício para investigação, em função das condições do espaço físico, pelos diversos profissionais que circulam e interagem com a escola, e pelo corpo institucional constituído de professores/alunos/coordenações/direção/recepção. Junto com essa equipe é possível experimentar como professora, aluna, artista, pesquisadora, pessoa atuações em diversas conectividades. Todos os encontros acontecem nesse local às sextas-feiras, às 10:50h. Endereço: Rua da Oração, nº 01 – Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.



CONTATO:
E-mail: lirica6.1@hotmail.com
Tel. (71) 8204-6318
Skype – lirica6.1


Referência citada no texto:

VIEIRA, Jorge de Albuquerque. Ontologia. Formas de conhecimento: Arte e Ciência, uma visão a partir da Complexidade. Fortaleza: Expressão gráfica e Editora, 2008.

Líria Morays é mestranda e especialista em Dança (UFBA 2009, 2005), Licenciada em Dança (UFBA 2002), formada pelo curso técnico profissionalizante (FUNCEB, 1995), participou do 20º curso livre de Teatro da UFBA (2005). Participações como dançarina: Cia Viladança (1998-2002), Cia Jorge Silva (1994-96), espetáculo Luzia e Francisca dirigido por Rino Carvalho (2003) – Prêmio Caravana Funarte, espetáculo Paredes Cegas direção de Jussara Miranda (Ateliê de Coreógrafos Brasileiros/2006), remontagem Yanka Rudzka direção de Lia Robatto (2008). Atua como dançarina convidada do projeto Construções Compartilhadas, coordenado por Duto Santana e Rita Aquino. Participou do intercâmbio Brasil/França como coreógrafa e professora com o espetáculo Barro a Brasileira(Funceb/França-La Rochelle 2006), é intérprete/criadora do solo Metafísica(2006), coreografou o solo de dança Ex-passo com Claudio Machado(2008); coreografou em parceria com Clênio Magalhães o espetáculo “Aceito!”(2001); participou como coreógrafa e dançarina da Bienal de Dança de Santos-SP (2002) com “Espia!”. Foi professora substituta da UFBA (2003-05) departamento de técnicas e estudos do corpo. Coreografou os espetáculos de teatro: Labirntos(Grupo Vilavox 2008-direção de Patrick Campbell); Orinoco (2007 – direção de Felipe Assis); Almanaque da Lua (grupo Vilavox 2002 – direção de Gordo Neto e Jarbas Bitencourt). Fez a preparação corporal do grupo de teatro Vilavox (2008/2009)e da remontagem do musical “As Noviças Rebeldes” com a Cia Baiana de Patifaria (2005). É professora da Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia(2004-09).

Quem sou eu?

Líria Morays

30 anos

Dançarina, coreógrafa e professora de dança.